Anna Costa e Silva estreou a mostra “Assíntotas” na Caixa
Cultural Rio de Janeiro. Em cartaz até o dia 18 de maio, a videoinstalação combina
cinema, performance, instalação e literatura.
Por meio de videocartas, a artista exibe a tentativa de
conexão entre dois atores e seus respectivos personagens. Três telas com cinco
metros cada, e 50 minutos de duração, fazem uma experiência de imersão que leva
o espectador para dentro do espaço físico e psíquico dos personagens.
O projeto foi exibido com sucesso na Visual Arts Gallery, em
Nova Iorque, e conquistou o prêmio Edward Zutrau Memorial Award for Fine Arts,
da School of Visual Arts (SVA). “O que temos aqui é um jogo aberto, no qual a
artista inventa estruturas e estabelece processos para que realidade e ficção
encontrem experiências pessoais, numa infinita busca por si mesmo”, diz Franz
Manata, curador da exposição.
No dia 2 de abril, às 18h, será realizada na sala Margot, na
Caixa Cultural, a mesa-redonda ‘Sobre Assíntotas’ e outros pontos, com
as participações de Franz Manata e Anna Costa e Silva. A convidada especial
será a artista, cineasta e poeta Katia Maciel. Haverá, ainda, o lançamento de
um catálogo com detalhes sobre a videoinstalação.
O termo Assíntotas – linha e curva que se aproximam
infinitamente mas nunca se tocam – vem da geometria analítica. “O que quero com
esse trabalho é criar um lugar de perguntas, trazendo meus textos, a vivência
de cada ator, a relação que foi se construindo entre os dois, as projeções, a
exaustão e o desconforto, e principalmente os espaços entre todos estes”,
afirma a artista.