Provavelmente errado, mas de certa forma compreensível, torcer pelo vilão de uma história às vezes é inevitável. Pode ser a habilidade do ator em trazer o personagem das páginas para as telas ou os obstáculos que o vilão tenta superar, ganhando a simpatia do público.
Há muitos vilões que são adversários à altura dos nossos heróis favoritos ou aqueles que desprezamos, mas respeitamos pela performance. Por outro lado, existem vilões que sabemos serem maus, mas ainda assim torcemos por eles, desejando que o personagem continue existindo ou funcionando o máximo possível. Seja começando como antagonistas ou se tornando um ao longo da trama, esses personagens conseguiram convencer os espectadores a ficar do lado deles.
Amy Dunne — ‘Garota Exemplar’
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Talvez você não perceba que Amy Dunne (Rosamund Pike) é uma vilã até a metade do filme. Ela é uma personagem calculista e impactante, capaz de enganar quase todos ao seu redor. No papel da esposa “desaparecida” na adaptação de 2014, Amy conquistou a simpatia do público por sua luta em um casamento controlado e infeliz. Sua inteligência para planejar e executar todo o desaparecimento e retorno deixou os espectadores perplexos.
Joe Goldberg — ‘You’
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Por três temporadas cheias de ansiedade no sucesso da Netflix, ‘You’, os espectadores acompanharam Joe (Penn Badgley) transformar sua identidade para se misturar perfeitamente ao ambiente enquanto persegue sua mais nova obsessão. Ele faz de tudo para eliminar os obstáculos que o impedem de estar com seus interesses românticos. Embora ele não seja um modelo de cidadão e certamente não seja herói, os monólogos internos de Joe mantiveram o público cativado, como se fossem seus cúmplices nas cenas de “limpeza”.
Kevin Wendell Crumb — ‘Fragmentado’
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Alguns bons, outros maus e outros no meio do caminho, os alter egos de Kevin Wendell Crumb (James McAvoy) em ‘Fragmentado’ deixaram o público com sentimentos conflitantes. Diagnosticado com Transtorno Dissociativo de Identidade, o antagonista é um personagem complexo, que no fundo conhece a diferença entre certo e errado. A atuação de McAvoy fez os espectadores torcerem para que ele pudesse obter a ajuda de que precisa, mesmo condenando suas ações.
Tory Nichols — ‘Cobra Kai’
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Uma competidora feroz no caratê e na vida, Tory (Peyton List) enfrenta desafios constantes como provedora única de sua família. Sua rivalidade com Samantha LaRusso (Mary Mouser) não facilita as coisas, mas sua dedicação ressoa com os espectadores. Ao final da quarta temporada, sua redenção começa a surgir, e os fãs esperam que esse arco traga uma transformação significativa para ela.
Coringa — ‘O Cavaleiro das Trevas’
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A atuação de Heath Ledger como o Coringa no filme de 2008, ‘O Cavaleiro das Trevas’, é uma das mais memoráveis de todos os tempos. Suas ações caóticas e frases icônicas, como “Por que está tão sério?”, deixaram o público pedindo mais. Apesar de ser o inimigo de Gotham, muitos torceram para que ele permanecesse na história, especialmente após a morte prematura de Ledger, que impediu o retorno do personagem.
Loki — Universo Cinematográfico da Marvel
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O deus da trapaça conquistou corações ao longo de vários filmes e agora em sua série própria. Seja conspirando contra seu irmão Thor, os Vingadores ou o universo em geral, Loki (Tom Hiddleston) é um vilão pelo qual o público não se cansa. Seu carisma, humor e busca por um propósito o tornaram uma figura favorita, e os fãs aguardam ansiosamente suas futuras aventuras.
Hannibal Lecter — ‘Hannibal’
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O mestre original da manipulação, Hannibal Lecter é um personagem sombrio que o público não quer exatamente ver sendo capturado. Interpretado por Anthony Hopkins nos filmes e por Mads Mikkelsen na série da NBC, Hannibal mantém os espectadores fascinados com sua inteligência e capacidade de escapar das consequências de suas ações.
Conclusão
Torcer por vilões pode parecer moralmente desafiador, mas reflete o poder da narrativa e as complexidades das emoções humanas. Esses personagens, sejam mestres manipuladores ou almas conflitantes, desafiam nossas percepções de bem e mal, nos fazendo questionar nossos próprios valores. Talvez seja o carisma, o humor ou a profundidade de suas lutas que nos atraem, mas o certo é que esses vilões deixaram uma marca duradoura no público.
